Toda empresa almeja formar equipes que gerem impacto significativo no negócio, mas o que separa esse desejo da realidade?
Por que é tão desafiador construir times vencedores, os chamados Play 2 Win Teams?
A resposta, muitas vezes, não é evidente. Para facilitar o entendimento, vamos traçar uma analogia com grandes equipes esportivas de alto desempenho que dominaram suas modalidades por anos.

Por que construir times vencedores é crucial?

Dependendo do contexto do negócio, um time vencedor pode ser o verdadeiro diferencial competitivo, como é o caso de equipes de Fórmula 1.

Por exemplo, na Mercedes, dois pilotos têm à disposição o mesmo carro, o mesmo combustível, a mesma tecnologia e os mesmos pneus.

Então, por que os resultados são diferentes?
A resposta está no talento humano da equipe. O fator humano é o grande diferencial de performance.
Pensando nisso, apresentamos cinco dicas essenciais para construir e manter times vencedores:

1. Construa um ambiente de evolução contínua

Contratar talentos é apenas o primeiro passo. É fundamental reter esses talentos e desenvolvê-los continuamente. O contexto dos negócios muda e, por vezes, um talento que foi crucial no passado pode tornar-se obsoleto se não for atualizado.

Um exemplo é Michael Jordan. Considerado o maior jogador de basquete de todos os tempos, ele foi contratado em 1984, mas só conquistou seu primeiro título em 1991.
Ele precisou ser preparado para vencer junto com o Chicago Bulls.

Cada jogador da equipe era apoiado por cerca de 16 profissionais dedicados a aspectos técnicos, psicológicos e nutricionais, além de equipamentos de ponta e uma rotina de treinos intensa.

Para criar um ambiente de evolução contínua na sua empresa, considere as seguintes questões:

- Os treinamentos realizados estão gerando resultados para o negócio?
- Quais são os novos treinamentos necessários?
- Existe acompanhamento sobre a efetividade do aprendizado?

Treinamento não deve ser apenas um benefício para o colaborador, mas sim uma ferramenta estratégica para o crescimento do negócio. Pense como um policial, que simula cenários críticos antes de atuar em campo.

2. Deixe bem clara a missão do time

Para entregar resultados, é essencial que o time saiba claramente sua missão, objetivos e o status atual do trabalho. Isso proporciona foco, planejamento e elimina ruídos desnecessários.

Por exemplo: “Precisamos vencer 50 dos 82 jogos da temporada para chegar ao playoff. Perdemos 8, ganhamos 12 e restam 62 partidas.” O óbvio precisa ser dito e reforçado quantas vezes forem necessárias.

Minha sugestão é adotar ciclos diários, semanais, mensais e anuais para revisão de objetivos e resultados. Metodologias como o SCRUM possuem artefatos úteis para o trato diário e no curto prazo, suas reuniões diárias se organizam em responder apenas três perguntas:

- O que foi realizado ontem?
- O que será feito hoje?
- Existe algum bloqueio?

Além disso, para o médio e longo prazo, os encerramentos de ciclos e validações regulares podem ser geridos com metodologias de resultados (como OKR ou GPD) que ajudam a garantir o alinhamento entre os objetivos do time e do negócio.

3. Tenha líderes capazes

Bons líderes entregam resultados consistentes, formam equipes vencedoras e traduzem a estratégia do negócio em ações claras.

Um exemplo é Phil Jackson, treinador do Chicago Bulls, que construiu uma cultura de resiliência e dinamismo no time, além de atrair talentos como Scottie Pippen e Dennis Rodman para complementar o desempenho de Michael Jordan.

Por outro lado, uma liderança ruim pode ser desastrosa. Segundo a Forbes, maus líderes são um dos principais motivos de desligamento nas empresas. Como diz o ditado, “o colaborador não abandona a empresa, ele abandona o líder.”

4. Desenvolva a tomada de decisão e a autonomia

Tomar decisões é desafiador, especialmente em um contexto coletivo. Três aspectos são cruciais para boas decisões:

a. Preparar-se e analisar o contexto: Conheça profundamente o problema e organize as ideias. Pergunte-se: O que está em jogo? O que precisa ser feito? Quais são os impactos?

b. Entender a natureza da decisão: Jeff Bezos diferencia decisões unidirecionais (sem volta) de bidirecionais (reversíveis). Saber distingui-las ajuda a definir a abordagem correta.

c. Usar bem a autonomia: A falta de autonomia pode atrasar a tomada de decisões. Empresas como a Netflix adotam uma cultura de “Liberdade com Responsabilidade”, onde os colaboradores são treinados para tomar decisões críticas.

Simulações também podem ser eficazes. A Netflix, por exemplo, usa o Chaos Monkey, que desliga parte de sua infraestrutura sem aviso prévio, forçando os times a resolverem problemas em tempo real e aprenderem com isso.

5. Use dados para guiar as estratégias

A NBA é conhecida por seu uso intensivo de dados e estatísticas, que ajudam a planejar estratégias, comprar, escalar jogadores e aumentar a performance geral do time.

Para implementar uma cultura orientada a dados:
- Certifique-se de que os dados sejam consistentes e validados.
- Garanta a transparência dos indicadores e metas.
- Utilize os dados para ajustar rotas e embasar decisões importantes.

Um time que utiliza dados de forma eficiente consegue identificar pontos de melhoria, planejar melhor suas ações e atingir metas mais ambiciosas.

Conclusão

Construir um Play 2 Win Team exige dedicação, planejamento, orientação à dados e um olhar atento às necessidades do negócio e das pessoas.

Essas cinco características são essenciais para criar um ambiente onde talentos prosperem, lideranças inspirem e resultados sejam alcançados.

Agora, eu gostaria de saber: quais dessas características o seu time já possui? O que ainda falta para transformar sua equipe em um verdadeiro Play 2 Win Team?

Você sabia que a plataforma Diverti foi criada para construir times vencedores?



Emerson Silva

CEO

Empreende, palestra, investe e atua com tecnologia a mais de 30 anos.
Especialista em performance, equipes, diversidade e impacto.
Fundador, CEO da Diverti Tecnologia e autor desse post.

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